O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão. Essa é uma das profecias repetidas em um dos filmes mais citados quando se fala da temática rural no cinema brasileiro. Por isso, não poderia deixar que, no mar de produções cinematográficas, ao menos uma obra de Glauber Rocha fosse apresentada no cinebrasileiral.
Ficha técnica
Título Original: Deus E O Diabo Na Terra Do Sol
Gênero: Drama
Duração: 125 min.
Lançamento (Brasil): 1964
Distribuição: Copacabana Filmes
Direção: Glauber Rocha
Roteiro: Glauber Rocha e Walter Lima Jr.
Elenco principal: Geraldo Del Rey, Othon Bastos, Maurício do Vale,Yona Magalhães, Lídio Silva e Sônia dos Humildes.
O filme conta a trajetória de Manuel (Geraldo Del Rey), um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo seu patrão e em uma briga acaba matando-o. O que resta a Manuel é fugir com a sua esposa, Rosa (Yoná Magalhães), dos jagunços. Na fuga ele encontra Sebastião (Lídio Silva) que passa a ser visto por Manuel e por outros seguidores como um santo, um salvador. Só que Rosa não gosta das atitudes de Sebastião e da alienação que Manuel é submetido. Assim, ao presenciar a morte de uma criança, Rosa mata o beato. O casal tem de fugir novamente e agora passam a pertencer ao cangaço liderado por Corisco ( Othon Bastos ). Entre caminhadas, sonhos, sertão, mar, Deus e o diabo, Manuel vai encontrando o seu desfecho.
As cenas são permeiadas pela inserção de um narrador que conta a história de Manuel em forma de cordel misturando realidade e ficção. O filme também traz uma visão crítica dos movimentos messiânicos comuns ao sertão e da brutalidade dos jagunços e apresenta um homem do meio rural engajado e pronto para lutar.
Deus e o diabo na terra do sol é um dos marcos do nosso cinema por trabalhar com narrativas e jogos de câmera diferentes que se movimentam junto com os personagens e seus conflitos, acompanhada de uma trilha sonora em certos pontos dramática, com músicas de Heitor Villa-Lobos trazendo a tensão ao espectador. A realidade apresentada nas telas é perturbadora, confunde, choca e nem todos estão prontos para vê-la.
Curiosidades
Deus e o Diabo na Terra do Sol concorreu à Palma de Ouro no XVII Festival do Filme, em Cannes, perdendo para uma comédia musical francesa, mas é a partir daí que o Cinema Novo passa a ser conhecido mundialmente.
Glauber Rocha tinha 24 anos na época em que dirigiu o filme.
Premiações
- Ganhou o Grande Prêmio Latino-Americano, no Festival de Mar del Plata.
- Ganhou o Prêmio da Crítica Mexicana, no Festival de Acapulco.
- Ganhou o Grande Prêmio do Festival de Cinema Livre, na Itália.
- Ganhou o Náiade de Ouro, no Festival de Porreta Terme.
Confira alguns trechos do filme:
As cenas são permeiadas pela inserção de um narrador que conta a história de Manuel em forma de cordel misturando realidade e ficção. O filme também traz uma visão crítica dos movimentos messiânicos comuns ao sertão e da brutalidade dos jagunços e apresenta um homem do meio rural engajado e pronto para lutar.
Deus e o diabo na terra do sol é um dos marcos do nosso cinema por trabalhar com narrativas e jogos de câmera diferentes que se movimentam junto com os personagens e seus conflitos, acompanhada de uma trilha sonora em certos pontos dramática, com músicas de Heitor Villa-Lobos trazendo a tensão ao espectador. A realidade apresentada nas telas é perturbadora, confunde, choca e nem todos estão prontos para vê-la.
Curiosidades
Deus e o Diabo na Terra do Sol concorreu à Palma de Ouro no XVII Festival do Filme, em Cannes, perdendo para uma comédia musical francesa, mas é a partir daí que o Cinema Novo passa a ser conhecido mundialmente.
Glauber Rocha tinha 24 anos na época em que dirigiu o filme.
Premiações
- Ganhou o Grande Prêmio Latino-Americano, no Festival de Mar del Plata.
- Ganhou o Prêmio da Crítica Mexicana, no Festival de Acapulco.
- Ganhou o Grande Prêmio do Festival de Cinema Livre, na Itália.
- Ganhou o Náiade de Ouro, no Festival de Porreta Terme.
Confira alguns trechos do filme: