sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Pós-64 – O rural é nossa salvação.


A política dos anos 60 para a valorização da cultura nacional não vingou como se esperava, pois o internacionalismo da indústria cultural estava presente no Brasil e a própria produção nacional acabava pautando-se por idéias conservadoras. Com o golpe militar de 64, através de um cinema político, buscou-se explicitar o dilema entre o rural, o nacional e o internacional.
A partir daí, o rural irá ressurgir por meio de um cinema politizado e engajado, com a preocupação de apresentar a cultura genuína brasileira. Nessa época recorre-se ao sertão nordestino e, o interior do Brasil, que até então era visto como " o resto do país", passa a ser considerado a síntese do destino nacional.
Nesse contexto, o rural em nosso cinema passa a ser representado a partir de duas correntes, uma que o associa ao patriarcalismo, ao conservadorismo do processo de modernização brasileira, e outra que apresenta o rural como uma parte do Brasil ligada ao misticismo ingênuo que rende belas imagens de santos, festividades e rituais. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) representa essa primeira corrente e O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1969) é o exemplo da segunda corrente.
Depois de conhecer essas três épocas do rural no cinema brasileiro, ficam os questionamentos: Como os filmes contemporâneos brasileiros retratam o rural? De forma cômica? Mítica? Crítica? Ingênua? Ou uma mistura de tudo isso?
Essas respostas, você poderá encontrar nas suas vindas ao cinebrasileiral. A partir de agora, serão apresentados aqui, filmes brasileiros, produzidos após a retomada, que de alguma forma representam o rural, o interior brasileiro. E claro, filmes que ao longo da história, retratando o rural, foram importantes para a nossa cinematografia.

Um comentário:

Joséllio Carvalho disse...

Bom post. Então, logo, logo, eu vou voltar! Abs.